Isto está sendo possível porque estamos contando com administradoras mais preparadas, com síndicos profissionais capacitados, com uma assessoria/consultoria jurídica atuante, com síndicos-moradores, conselho fiscal/consultivo e condôminos interessados em uma gestão de excelência e, sobretudo, com mais acesso à informação e todos os eventos que possuem o propósito de melhorar a gestão condominial.
O cuidado com as finanças de um condomínio advém de como os documentos são emitidos, guardados e controlados e nem sempre o que localizamos em auditoria são casos de desvios de recursos, até porque os casos graves têm diminuído significativamente, mas a desorganização, a falta de conhecimento contábil, financeiro e fiscal, bem como o descumprimento de obrigações acessórias do condomínio, infelizmente não.
Continuamos encontrando nas auditorias situações em que o síndico (por ser o responsável legal do condomínio) lesa o mesmo, sem ter ciência de que algumas de suas condutas podem gerar ônus ao condomínio.
Dentre os achados de auditoria mais comuns nessa perspectiva, destacamos: acordos com inadimplentes com descontos (sem que estes tenham sido aprovados em assembleia); decisões que a médio prazo podem modificar para pior as finanças do condomínio, como a antecipação de taxas condominiais; a contratação de prestadores de serviços e fornecedores sem concorrência; a contratação destes com valores superfaturados; a ausência de revisão de contratos de manutenção existentes; e o aumento de gastos desnecessários.
Se esses itens não são acompanhados mensalmente pelo Conselho Fiscal, o condomínio necessitará da contratação de auditoria preventiva. Nos dias atuais, não é salutar um condomínio aguardar dez, cinco, três anos para solicitar auditoria de suas contas; se assim o for, muito tempo terá passado e algumas ações não surtirão mais efeito.
Na gestão moderna é necessário se antever ao problema e não apenas identificá-lo e a auditoria é uma grande aliada dos gestores nesse sentido.