Por que ainda nos deparamos com Síndicos que se preocupam prioritariamente com o embelezamento da edificação?
O compliance (ser conforme com o cumprimento de leis, normas), pode ser aplicado na contabilidade e área tributária (esta última principalmente atualmente, com o eSocial) e objetiva seguir manuais, visando detectar e remediar problemas e possíveis contingências.
Para seguir esses padrões de integridade, as edificações necessitarão de um plano de ação, através de equipe multidisciplinar de profissionais especializados, onde a Auditoria Independente possui o papel de emitir constatações e recomendações, tendo a AUDITORIA PREVENTIVA CONSULTIVA (metodologia que desenvolvi em 2005 e que está sendo aprimorada com as contribuições dos que trabalham no segmento), analisa:
– PARAMETRIZAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS que envolve o cuidado com as finanças, centros de custos, gestão da previsão orçamentária, payback de investimentos como (placas fotovoltaicas, modernização de elevadores);
– INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA para a proteção dos condôminos e prestadores, cobrando os treinamentos de brigada de incêndio, plano de abandono e rotas de fuga, primeiros socorros, como a compra de equipamentos de proteção e de brinquedos de playgrounds, cumprimento das normas regulamentadoras e das normas da ABNT, seguro adequado, manutenções obrigatórias e uso tecnologias;
– CUIDADOS COM A SAÚDE na limpeza dos reservatórios, teste de potabilidade, tratamento de piscinas, controle de pragas e para a mão de obra, o combate às condições insalubres de trabalho.
– PENSAR NA SUSTENTABILIDADE com base nos 4 R’s: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar, coleta seletiva, ganhos com a automação, uso racional de recursos, gestão do consumo de energia elétrica e da água.
De mais a mais, se o Síndico vem fazendo escolhas que o deixam “mais popular” ou que “possibilita sua reeleição”, isso trará consequências.
O Gestor não deve se comportar somente com características do Soft Power (poder brando), ou somente com as do Hard Power (poder de autoridade), dessa forma, ele se distanciará das características do Smart Power (poder inteligente), atribuído àquele que apresenta, discute e aplica estratégias necessárias para a edificação (adaptação dos escritos de NYE JR., Joseph (2011).
É recomendável que para as gestões das próximas décadas, os Síndicos atentem além dos controles citados, para a governança e para o aprimoramento das habilidades de liderança e de mediação de condominial.
Artigo publicado pelo Só aqui Condomínios